Baunilha: Flor que dá gosto
Assim como o chocolate, a história da baunilha na gastronomia começa na época das Grandes Navegações, quando os espanhóis entraram em contato com os aztecas, no México. A palavra baunilha vem do espanhol vanilla, que pode ser traduzido como “pequena vagem”. Os aztecas chamavam a planta de tlilxochitl, o que significa “flor negra”, recebendo as […]
Assim como o chocolate, a história da baunilha na gastronomia começa na época das Grandes Navegações, quando os espanhóis entraram em contato com os aztecas, no México. A palavra baunilha vem do espanhol vanilla, que pode ser traduzido como “pequena vagem”. Os aztecas chamavam a planta de tlilxochitl, o que significa “flor negra”, recebendo as plantas com tributo dos Totonacas, povo indígena do México que cultuava a planta.
Desde sua chegada a Europa, a baunilha foi altamente cultuada como elemento principal em muitos pratos, principalmente sobremesas e bebidas. Como em muitos casos é considerado o sabor padrão de uma receita, nos Estados Unidos se chama de “vanilla” qualquer coisa no seu formato original ou sem alterações na composição.
Até o século XIX a baunilha era cultivada somente no México, pois a fecundação da sua orquídea era dependente de uma abelha que só existia no país norte-americano. Porém, em 1814 os franceses levaram a planta para ilhas do Oceano Índico. Em 1836, na ilha de Reunião, um escravo de doze anos chamado Edmond Albius descobriu um método de polinização manual das plantas, tornando possível a produção de baunilha fora do México.
Hoje em dia boa parte da baunilha consumida no mundo é produzida em Madagascar e na Indonésia. Como o método de cultivo da planta ainda é muito manual, a baunilha é frequentemente listada como a segunda especiaria mais cara do mundo, perdendo apenas para o açafrão. É por essa razão que, em vez das favas da planta, é muito mais comum encontrar nos mercados as essências de baunilha que, dependendo da marca, mal chegam a ter 1 % de baunilha em suas composições.
Como utilizar a fava da baunilha
Você pode encontrar as favas de baunilha em hortifrútis, mercados municipais e lojas de produtos naturais. O preço médio de uma fava é cerca de 20 reais. Na hora de armazenar, mantenha as favas sempre em um local seco e longe da luz, de preferência guardas em um pote escuro ou mesmo dentro de uma caixa.
Para utilizar as favas de baunilha, primeiro selecione uma e corte-a ao meio com uma faca. Raspe a parte interna da fava, separando as sementes, que são as responsáveis pelo aroma da flor. A fava da baunilha permite que você faça tanto um extrato caseiro como também o açúcar baunilhado. Além disso, você pode usar as sementes da baunilha diretamente nas receitas que pedem o uso de essência, como o pudim, bolos e sorvete.
Extrato caseiro de baunilha
Ingredientes
2 a 5 favas de baunilha (quanto mais baunilha, mais forte ficará a essência)
300ml de Vodka, ou o suficiente para cobrir as favas
1 garrafa de vidro, preferencialmente escuro e cuja tampa não permita a entrada de ar
Modo de preparo
Abra as favas e separa as sementes. Coloque as sementes na garrafa de vidro, assim como as favas, e cubra com a vodka. Se quiser, você pode substituir a vodka por outra bebida destilada, mas note que dessa forma a essência ficará com o gosto da bebida. Tampe bem e mantenha a garrafa conservada longe da luz e do calor. A essência demora em média dois meses para maturar. Enquanto você espera esse tempo passar, procure mexer a garrafa pelo menos uma vez por semana.
Açúcar baunilhado
Ingredientes
1 fava de baunilha
500 g de açúcar
Modo de preparo
Coloque as favas de açúcar picadas junto com o açúcar no seu liquidificador Diamond e triture até que a fava esteja em pedaços pequenos. Reserve em um pote bem fechado.
E você, também adora o sabor suave da baunilha? Quais os pratos com o ingrediente mais te agradam? Comente! 🙂